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domingo, 21 de novembro de 2010

casulo

Este reencontro comigo mesmo só. E meu avanço cabisbaixo ao recomeço. Hoje tudo é meu marco zero. Hoje meu amanhã foi ontem. Hoje tudo foi ontem e eu espero amanhecimento.

Viver no casulo é não se relacionar bem

com as pessoas, coisas e fatos.

Não usar apropriadamente a inteligência nem alçar

os vôos dos pensamentos construtivos.

É estar na prisão dos problemas, cansaços e desilusões.




Esse casulo me faz lembrar do Mito da Caverna, de Platão. Quantas pessoas estão hoje no casulo das paixões impossíveis, escravos delas ? Dos vícios que cega a visão ? Para exercer a liberdade com responsabilidade é preciso sentir um pouco de dor pra sair do casulo. Há algo na natureza que se assemelha a nós, como explica Cecilia em seu poema:


Sede assim, qualquer coisa
Serena, isenta, fiel...
Flor que se cumpre,
sem pergunta.

Onda que se esforça,
por exercício desinteressado.

Lua que envolve igualmente
os noivos abraçados
e os soldados já frios.

Também como este ar da noite:
sussurrante de silêncios,
cheio de nascimentos e pétalas.

E à nuvem, leve e bela,
vivendo de nunca chegar a ser.
À cigarra, queimando-se em música,
ao camelo que mastiga sua longa solidão,
ao pássaro que procura o fim do mundo,
ao boi que vai com inocência para a morte.
Sede assim qualquer coisa
serena, isenta, fiel.
Não como o resto dos homens.

Viver como borboleta é ter asas fortalecidas, liberdade.
 Estou chegando lá, Samuel. rsrs

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"Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem
perigo."Marquês de sade

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