Dissemos que o termo "submissão" significa "alinhar-se debaixo do marido". Mas alinhar-se debaixo de outra pessoa forçosamente, sem o devido respeito, iguala-se à opressão na melhor das hipóteses e prostituição na pior.
Apresentação do poder da mulher, regido pela lógica da feminilidade, dentro de uma cultura de domínio masculino.
A artista cria um parâmetro com as metaforas : ponto cruz e ponto g
Para que este propósito seja alcançado, este texto se dividirá em duas partes: a primeira se destinará a justificar o ponto cruz e logo após usar a metafora o ponto g como fonte de pesquisa para compreender a atuação das mulheres neste mundo e o seu poder adiquirido na constituição do imaginário social os termos ponto cruz e G trata-se de uma comparação inusitada, ímpar, sem expressão anterior,já estão culturalmente definidos e só são abalados por experiências limites e nessa mostra de arte, relacionada aqui a atitude de uma mulher. Dessa forma, não é possível demonstrar, através da HISTORIA
Os registros Históricos podem faltar na representação de um povo, mas a cultura que se reafirma de geração em geração através da tradição, das narrativas, das histórias do dia-a-dia, jamais faltarão, porque são elas mesmas a própria cultura, o próprio povo. Assim, a arte de forma geral e a literatura, particularmente, expressam as relações humanas que produzem o imaginário de uma sociedade.REPRESENTADA pela artista como (o ponto cruz) “boneca fútil”,a tradição oral popular zelando pelos costumes, mostrando o dia-a-dia e a fantasia popular sobre estas criaturas desconhecidas sob seus véus, mantém viva a feminilidade num discurso dominante de subordinação e segregação e submissão.
De acordo com a artista Marluce Matos o ponto G significa libertação da mulher com igualdade ao masculino. A mulher adentra o inviolável mundo masculino com com sua feminilidade marcante no mundo moderno.
A lógica da busca pelo PONTO G, ao contrário do que se espera, não visa uma complementação ou um confrontamento com o masculino, mas visa suprir, suplementar a masculinidade. Uma mulher não se opõe a um homem, nem o complementa para formar um todo, anulando a diferença. A feminilidade não se propõe a destruir o mundo masculino, pois a mulher também o habita. O poder de uma mulher é fluido, entra pelas fissuras, ali onde o discurso achava que não havia nenhum espaço é por ali que sua fala vai passar. O poder de uma mulher está no prazer com submissão por escolha.