Outro dia, lendo um dos muitos blogs que visito, nem sempre diariamente, mas em freqüência prá lá de intensa, o tema falava de amigos.
A idéia do grande amor expresso nas grandes amizades me seduz completamente.
Acho que um amor descompromissado das pequenas ranhuras – e dos infinitos prazeres – da comunhão sexual pode ser tão intenso quanto qualquer ensandecida paixão.
E tal qual a ebulição incontrolável que nos invade quando nos apaixonamos, perceber em alguém a infinita sintonia que explica, nem sei se mediunicamente, o amor por um amigo é sempre deliciosa experiência.
Tenho grandes amigos, mais ou menos recentes, mais ou menos freqüentes, mais ou menos próximos.
Acho até que tenho histórias cármicas com alguns,kkkkkk para quem sequer me revelo porque já me vi em seus olhos e isso será sempre a mais profunda revelação.
Tenho filhos e para quem não os têm é difícil compreender a imensidão de um amor incondicional.
Mas que também é responsável, formador, parametrizador. Portanto, comprometido.
Embora único. O amor amigo é sem conta conjunta, não emite fatura, não incorpora a fraternidade das relações longas.
É só a certeza de um ouvir sem análise ou pelo menos sem julgamento.
Talvez só argumentação, reflexão, choro e riso em generosas doses.
É o olhar que observa e pondera; que sugere e aponta; que diz da forma mais condescendente e protetora.
Só ficar por perto, só fazer-se perto.
Porque não é preciso tocar na parte frágil; não é preciso incomodar.
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