Nos anos 1960, particularmente nos Estados Unidos, muitos artistas, movidos por um espírito de tempo cada vez mais comprometido com a experimentação, passaram a questionar a institucionalização da arte pelos museus. Na tentativa de transformar o espaço de “fora”, em oposição aos espaços de “dentro”, eles se lançaram à ocupação do espaço externo, que muitas vezes coincidia com o espaço da natureza.
Essa ocupação transformou-se em movimento artístico, chamado de land art, que se caracteriza não por ser uma arte da paisagem, como no caso das pinturas de paisagem sistematizadas como gênero pela Academia de Belas-Artes desde o século XVII, mas sim como uma arte feita na paisagem. Por trás da ideia da land art, está, portanto, o desejo de mapear um novo território artístico.
Tal atitude pode ser associada ao espírito norte-americano de conquistar novas fronteiras. Outra associação possível está no desejo de domesticar uma natureza intocada e agreste, não raro virgem da presença humana. A ação na natureza se deve também ao desejo desses artistas de buscar a solidão ou a meditação como contraponto à urbanização crescente. Em suma, a possibilidade de realizar uma construção junto à natureza, muitas vezes no isolamento, incita uma experiência estética inovadora.
Fonte-internet
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